Cirurgia Lobectomia (retirada de um lobo do pulmão, inclui tratamento de câncer, abscesso, bronquiectasia)

Tempo de leitura: 3 min.
Atualizado em: 15/12/2022
Cirurgia Lobectomia
Sumário

Órgãos como o fígado, a tireoide, o cérebro e os pulmões, são divididos em partes ou setores denominados lobos. Quando um deles é acometido por uma doença, é possível realizar lobectomia para fazer o tratamento do problema sem retirar o órgão por completo.

O que é a cirurgia lobectomia?

Lobectomia é o termo utilizado para fazer referência ao procedimento cirúrgico em que é feita a remoção completa de um lobo de um órgão. Quando esse órgão é o pulmão, é realizada a lobectomia pulmonar.

Os pulmões são compostos por cinco lobos, e qualquer um deles pode ser retirado durante esse tipo de cirurgia. Assim, fazemos a remoção da parte do pulmão que foi acometida por uma doença, preservando o restante do órgão.

Durante a lobectomia, é preciso dissecar, isolar e seccionar os vasos sanguíneos e os brônquios que estão ligados ao lobo que será removido, de modo que o pulmão continue trabalhando perfeitamente mesmo sem essa sua porção.

Como a lobectomia pulmonar é realizada?

É possível realizar a lobectomia pulmonar por meio de diferentes técnicas. A mais clássica é a cirurgia aberta, ou toracotomia. Contudo, existem métodos menos invasivos, como a videotoracoscopia e a cirurgia robótica.

Videotoracoscopia

Na cirurgia clássica aberta, é preciso fazer uma incisão maior na parede lateral do tórax para afastar as costelas e visualizar o pulmão para que ele possa ser operado. A videotoracoscopia é minimamente invasiva.

Nessa técnica, são realizadas pequenas incisões por onde serão inseridos os instrumentos e uma microcâmera, que transmite as imagens para um monitor. Assim, o cirurgião realiza as intervenções visualizando as estruturas por meio desse monitor, sem a necessidade de fazer um grande corte.

As imagens são ampliadas, logo, é possível aumentar também a segurança e a precisão do procedimento, além de minimizar o impacto estético e ainda possibilitar um pós-operatório mais confortável.

Cirurgia robótica

O procedimento é menos invasivo, uma vez que o cirurgião não opera de forma direta o paciente, mas sim por intermédio de um robô. O equipamento fica posicionado ao lado do paciente e o cirurgião controla seus movimentos por meio de um console, o que garante maior precisão, suavidade e firmeza nos movimentos.

Também são feitas pequenas incisões por onde são inseridos micro instrumentos e uma pequena câmera. O cirurgião acompanha as imagens dos tecidos que estão sendo operados por meio do seu monitor.

Essa é uma técnica mais segura, já que garante mais ergonomia e conforto para o especialista, além de proporcionar muito mais delicadeza nos movimentos.

Quais são as indicações da lobectomia pulmonar?

Diferentes tipos de doenças pulmonares podem ser tratadas por meio da lobectomia. Ela é uma opção em quadros de abscesso, bronquiectasia e câncer em estágio inicial, quando a doença ainda está limitada a um lobo.

Com a retirada dele, é possível evitar que a doença se espalhe, e também prevenir a recorrência do tumor no local. Também é possível fazer o tratamento de malformação congênita do pulmão, de metástases pulmonares e outras situações que podem provocar lesões neste órgão.

Quais são os cuidados antes e depois da lobectomia?

Antes da realização da lobectomia, o paciente passa por uma série de exames para confirmar se está apto para passar pelo procedimento. São feitos exames comuns, como sangue, eletrocardiograma, coagulograma e também a prova de função pulmonar (espirometria).

Esse último é muito importante para avaliar a capacidade respiratória da pessoa e entender qual será o impacto que a remoção do lobo irá provocar.

Após a cirurgia, o paciente precisará permanecer com um dreno no tórax por até quatro dias, período em que geralmente se encontra em internação hospitalar. Quando a dor é controlada e o dreno retirado, é possível receber alta.

Em cerca de duas semanas o paciente poderá retomar as atividades normais. Contudo, o período pode variar a depender da necessidade de cada um. O esforço precisa ser evitado durante o período de recuperação, e qualquer atividade física deve ser liberada pelo especialista.

Medicações, cuidados com o curativo e outras medidas pós-operatórias serão recomendadas de acordo com a necessidade de cada um.

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Dra Thais Leibel
CRM: 178857
RQE: 65.425 - Clínica médica | 73.219 - Pneumologia
Especializada em Doenças Pulmonares Obstrutivas pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP).

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