Tromboembolismo pulmonar

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Atualizado em: 14/08/2023
tromboembolismo pulmonar - Dra Thais Leibel
Sumário

Os pulmões também precisam receber fluxo sanguíneo, mas quando se formam trombos, ou seja, coágulos, na corrente sanguínea, a artéria do pulmão ou seus ramos sofrem obstrução, desencadeando o tromboembolismo pulmonar. 

O que é tromboembolismo pulmonar?

O tromboembolismo pulmonar, ou apenas embolia pulmonar, como também pode ser chamado, consiste em uma condição em que ocorre a obstrução parcial ou total de uma ou mais artérias que irrigam os pulmões.

A obstrução geralmente é provocada por coágulos sanguíneos, também chamados de trombos ou êmbolos. Eles podem se formar em qualquer veia e migrar pela corrente sanguínea para os pulmões, interrompendo a passagem do sangue e, com isso, causando danos para esses órgãos ou até mesmo podendo levar à morte súbita.

Quais são as causas do tromboembolismo pulmonar? 

A principal causa do tromboembolismo pulmonar é a trombose venosa profunda (TVP). Essa condição leva à formação de coágulos, mais frequentemente nos membros inferiores, e eles seguem até a artéria do pulmão causando a obstrução.

Entretanto, existem outros fatores que também podem provocar a embolia pulmonar. Isso porque outras partículas podem se alojar na artéria pulmonar ou nos seus ramos e obstruir a passagem de sangue. Isso pode acontecer, por exemplo, devido a partículas de gordura (embolia gordurosa). Também podem se formar trombos infectados devido a infecções de outros órgãos ou de vasos sanguíneos.

Em mulheres gestantes, o líquido amniótico pode desencadear o tromboembolismo pulmonar. Pessoas que precisam permanecer imobilizadas por muito tempo devido à hospitalização, por exemplo, ou em decorrência de fraturas, como de fêmur, têm uma suscetibilidade maior para o tromboembolismo pulmonar porque há prejuízos para a sua circulação sanguínea em decorrência da baixa atividade física.

O uso de anticoncepcionais orais, cirurgias, tabagismo, varizes e a obesidade são mais alguns fatores de risco para o tromboembolismo pulmonar. Corpos estranhos são outra possível causa, e ainda, bolhas de ar que se formam na corrente sanguínea de mergulhadores que não seguem os procedimentos-padrão para um mergulho seguro (embolia gasosa). 

Quais são os sintomas do tromboembolismo pulmonar?

Uma das grandes dificuldades para a identificação da embolia pulmonar é o fato dos seus sintomas não serem muito específicos. Em parte dos casos o quadro pode acontecer sem que haja nenhum sintomas. Situação na qual o achado de trombose pode ser incidental. As manifestações clínicas, quando presentes, incluem:

  • dor no tórax;
  • tosse seca;
  • tosse com sangue;
  • palpitações;
  • febre baixa;
  • ansiedade;
  • falta de ar;
  • dificuldade para respirar;
  • Queda a oxigenação.

Por isso, além de observar com cautela os sintomas, é necessário considerar fatores de risco e o histórico de cada um, já que o diagnóstico rápido é fundamental para o sucesso no tratamento. 

Como é feito o diagnóstico do tromboembolismo pulmonar?

Uma vez que os sintomas não são suficientes para um diagnóstico preciso, com base nos fatores de risco e também no histórico do paciente, são solicitados exames que ajudam a confirmar o quadro.

O exame padrão-ouro para seu diagnóstico é a angiotomografia de tórax, mas em algumas situações, pode ser realizada cintilografia pulmonar e ecocardiograma, e alguns outros exames podem sugerir sua presença, como eletrocardiograma, exames de sangue e ultrassom do membro na qual de suspeita que tenha originado o trombo.

Existe tratamento para tromboembolismo pulmonar?

Quanto mais rápido for obtido o diagnóstico de tromboembolismo pulmonar, menores são os riscos para o paciente. Inclusive, deve ser considerado que esse problema pode levar a óbito, mas geralmente ele pode ser tratado sem muitas dificuldades.

O tratamento inicial, no entanto, geralmente é feito em ambiente hospitalar, e o sucesso depende do tamanho do coágulo, da área que foi afetada e do tempo para iniciar as intervenções. O paciente precisa receber anticoagulantes, que vão evitar que os coágulos já formados continuem progredindo e ainda impedir a formação de novos trombos.

Após a alta hospitalar, continua sendo necessário manter os medicamentos por alguns meses. Pacientes em situações muito graves podem precisar de uma  procedimento de emergência, realizada com o objetivo de remover o coágulo (apesar desta indicação ser muito rara).

Medidas preventivas também devem ser adotadas, como:

  • abandonar o tabagismo;
  • praticar exercícios físicos regularmente;
  • mudar de posição ou caminhar um pouco durante viagens longas;
  • manter um peso corporal saudável;
  • se necessário manter imobilização, fazer o uso preventivo de anticoagulante;
  • para mergulhadores, devem ser seguidos todos os protocolos para que o mergulho seja seguro.
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Dra Thais Leibel
CRM: 178857
RQE: 65.425 - Clínica médica | 73.219 - Pneumologia
Especializada em Doenças Pulmonares Obstrutivas pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP).

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