Espirometria (ou prova de função pulmonar)

A capacidade pulmonar pode ser avaliada por meio de exame, a espirometria, uma técnica que também contribui para o diagnóstico de diferentes doenças dos pulmões.

O que é espirometria?

A espirometria, também conhecida como prova de função pulmonar (ou exame do sopro), é utilizada para medir o volume e fluxo pulmonar que entra e sai dos pulmões. Ou seja, medimos o ar que a pessoa consegue inspirar e expirar.

A técnica é um exame de fácil realização, não invasivo e relativamente rápido, durando cerca de 20 a 30 minutos. Consiste no principal exame utilizado para avaliação em pneumologia. É um método fundamental para diagnóstico e seguimento de doenças pulmonares e doenças ocupacionais, além de fazer avaliação de atletas. 

Quais são as indicações da espirometria?

A espirometria é indicada para todas as situações em que existe a necessidade de avaliar o volume e o fluxo de ar que entra e sai do pulmão. Assim, é um exame feito com o objetivo de diagnosticar diversas doenças e fazer a investigação de sintomas.

O especialista pode solicitar a espirometria para investigar, por exemplo, os casos de tosse, falta de ar (dispneia), além de que pode ser feito o acompanhamento ou a investigação na suspeita de quadros de asma, fibrose pulmonar e de doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC).

Indica-se também a espirometria como exame pré-operatório de algumas cirurgias, como no caso da cirurgia bariátrica. Também faz parte da preparação de pacientes diagnosticados com câncer de pulmão e que precisam fazer a cirurgia para remover o tumor.

Com a espirometria podemos, ainda, avaliar o pulmão em situações de exposição a produtos químicos, inalação de pó, poeira, carvão e sílica (areia), por exemplo, que podem gerar doenças chamadas de pneumoconioses (como asbestose, silicose e pulmão negro - pneumoconiose dos carvoeiros).

Além de todas essas indicações, o exame também serve para a avaliação e monitoramento do pulmão em atletas.

​Como a espirometria é realizada?

Como explicado, a espirometria é um exame rápido e indolor. Não é necessário nenhum tipo de sedação ou anestesia, nem de uma preparação específica. Para realização da técnica, é utilizado o espirômetro, equipamento que vai fazer a medição do volume de ar.

O paciente permanece sentado ou em pé e deve puxar o máximo de ar que for possível. Em seguida, deve soprar o bocal com o máximo de força possível, mantendo o sopro por pelo menos 4 a 6 segundos.

Como o exame mede o ar que entra e sai pela boca, é preciso garantir que não haja inspiração ou perda do volume pelo nariz. Para isso, é colocado clipe que impede a respiração nasal.

O exame é realizado com três manobras de inspiração e três de expiração. Em alguns casos é necessária a inalação de um spray broncodilatador, situação na qual será necessário repetir as espirometrias 15 minutos depois.

O paciente também será medido e pesado antes de iniciar a espirometria para que seja calculado o índice adequado para o seu perfil.

​Quais são os cuidados necessários para fazer a espirometria?

Antes da realização do exame não é necessário manter jejum, porém deve-se evitar a ingestão de café, chá ou bebida alcóolica por no mínimo seis horas. No caso dos pacientes fumantes, é necessário se abster do tabaco por pelo menos duas horas.

Antes de iniciar o exame, é importante manter uma respiração com ritmo normal e tranquilo, já que a respiração ofegante causada pelo cansaço ou pela ansiedade, por exemplo, pode comprometer o resultado.

Isso também pode acontecer se o paciente não seguir as recomendações na hora de inspirar e soprar o bocal, sendo muito importante aguardar o sinal para parar no momento certo e inspirar novamente.

Caso o paciente apresente sinais ou sintomas respiratórios recentes, como tosse, febre, dor de garganta, dor no peito ou coriza, deve comunicar ao local responsável e avaliar a necessidade de reagendamento do exame. Ele também deve ser evitado em caso de cirurgia ocular recente, deslocamento de retina, crise hipertensiva, aneurisma de aorta, edema pulmonar ou infarto agudo do miocárdio recente.